A importância do especialista – Pediatra
No Brasil, 30% dos
atendimentos de rotina e 43% de situações de emergência envolvendo crianças,
são feitos por médicos sem especialização em pediatria. A ausência
de um pediatra pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Confira porque a
presença dele se faz por obrigatória:
1º dia de vida –
é obrigatória a presença do pediatra na hora do parto para o caso de
complicações. Só ele pode reverter com segurança um quadro de asfixia
perinatal, por exemplo, que pode deixar sequelas que vão da epilepsia à
paralisia cerebral.
1º a 28º - O profissional fornece orientações
gerais sobre o aleitamento materno, vacinas e garante que os testes necessários
para a identificação e o tratamento de determinadas doenças sejam feitos corretamente.
1º ano – as consultas passam a ser mensais.
Nela, avalia-se o desenvolvimento físico, motor e neurológico da criança. Se
ela passou a andar e falar na idade adequada, por exemplo.
1º ao 2º ano – As consultas são feitas a cada seis
meses e o profissional continua a avaliar o desenvolvimento da criança. Também
se verifica a incidência de verminoses e deficiências vitamínicas.
A partir do 3º ano –
O acompanhamento torna-se anual. A consulta clínica envolve conversas com
familiares e a análise de sintomas que a criança ainda não verbaliza com
segurança. Orientações comportamentais, como em situações de violência, também
estão na esfera de atuação do pediatra.
Isto
é 2191
Como vencer o medo de ficar doente
Uma doença sinaliza a
fragilidade da vida. Diante de um difícil diagnóstico, como um tumor, ou uma
disfunção que nos obriga a uma vigilância constante, como a diabetes, o corpo e
a mente são obrigados a se adaptar à nova condição. A certeza anterior de um
organismo saudável, autossuficiente, entra em xeque. Quando essa
adaptação é tardia, há o risco de negação de sinais evidentes de debilidade. O
mais comum é que reações de medo se instaurem em pacientes que, ao demonstrarem
pânico após um difícil diagnóstico, não recebem tratamento adequado.
Para superar o temor
1- de ficar doente
·
Não
aproxime situações distantes. Se uma epidemia ainda não chegou ao País, não é
tão provável assim que ela chegue justamente por seu intermédio.
·
Cuidado
ao ver tudo o que sente como um possível sintoma. É normal que sintamos
desconfortos em algum momento do dia. Verifique a durabilidade.
·
Vire
a página. Se você está com medo de ter câncer de mama, mas não possui nenhum
histórico na família e já fez todos os exames, é hora de começar a pensar que o
temor não se justifica.
·
Atenção
ao ciclo do estresse e cansaço. Ele é capaz de limitar do discernimento diante
de alguns sintomas.
·
Procure
ajuda. A terapia cognitiva pode eliminar medos que se instauraram
silenciosamente.
2 – de adoecer novamente
Confira situações que
podem acontecer após o diagnóstico
Crises
Leve ansiedade – o
paciente tem episódios de insônia e perda de apetite, mas consegue se adaptar à
nova situação em alguns dias.
Transtorno de
ajustamento – a ansiedade ou depressão persistem por um mês, em média. Em casos severos,
há recusa no tratamento.
Episódios de pânico –
palpitação, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, asfixia, desconforto
no tórax, tonturas, vertigens, desmaios e partes do corpo adormecidas são
alguns dos sinais. A pessoa também sente medo de perder o controle ou morrer.
Quando o medo é
preocupante
A intensidade do
desconforto varia de paciente para paciente, assim como o tempo de duração das
reações. Atenção, caso os sinais persistam por mais de um mês:
- Impaciência e
ansiedade em conversas sobre a doença;
- Angústia, pulso
acelerado, suor frio e dor no peito sem motivo aparente;
- Preocupação constante
com qualquer sintoma ou fuga da realidade (não reconhecer que há um problema);
- Cansaço extremo,
falta de ar, tensão muscular, confusão e pensamento acelerado;
- Sensação de
impotência.
Tratamentos
- Em crises
persistentes de ansiedade, a psicoterapia é um auxílio.
- quando há episódios
de pânico, a terapia geralmente é acompanhada de medicação. Grupos de apoio
também são indicados, dependendo do perfil do paciente.
Atitudes indicadas
Quando não há episódios
de pânico, o próprio paciente pode sair de crises leves de ansiedade. Algumas
atitudes ajudam:
·
Evite
cair em um estado de ansiedade e preocupação constante, mas não descuide dos
sinais reais do seu corpo;
·
Tente
focar no momento presente;
·
Estabeleça
prioridades;
·
Pergunte-se
se há motivos reais para adiar um tratamento, por exemplo;
·
Em
caso de intensa preocupação com sintomas, converse com o seu médico para
entender melhor o que esperar em relação à manifestação da doença e dos efeitos
do tratamento;
·
Cuidado
com pensamentos apocalípticos (“é o fim”) ou fatalismo (deixar por conta do
“destino”);
·
Reconheça
sua fragilidade diante do problema, mas isso não significa se abater e deixar
de fazer o tratamento indicado.
A fuga da realidade e a
negação da doença também são exemplos de medo que podem prejudicar o
tratamento. “É comum, por exemplo, após um infarto o paciente apresentar uma
ação refratária aos fatos. Muitos não entendem os riscos”, diz o cardiologista
Marcelo Sampaio, do Hospital Oswaldo Cruz, de São Paulo. Também são observadas
histórias inversas: quando o temor de sofrer um novo problema cardíaco é
tamanho que qualquer sinal mais diferente do corpo é confundido como um
infarto. Em casos mais sérios, o pânico pode impedir que o indivíduo procure
ajuda.
Isto é 2185
Linha do tempo – expectativa de vida
Ano
|
Expectativa de vida
|
1500
|
30 anos –
O homem era dizimado por moléstias infectocontagiosas.
|
1800
|
37 anos – a medicina andou a passo
lento até as dissecações que permitiram conhecer a anatomia humana, em 1700.
Após esse período, descobriu-se o papel de micro-organismos e a primeira
vacina foi criada (contra a varíola).
|
1900
|
45 anos
– A disseminação de hábitos de higiene, como lavar as mãos, teve enorme
contribuição no controle de doenças infectocontagiosas. Foram descobertos a
anestesia e os equipamentos de raio X.
|
1950
|
46,5 anos
– Surgiu a penicilina, o estudo da biologia diferenciada das células tumorais
e da importância do colesterol nas doenças cardíacas. Foram descobertos os
radicais livres, moléculas que aceleram o envelhecimento do organismo.
|
2012
|
80 anos
– Entre incontáveis avanços, estão: o sequenciamento do código genético
humano; o desenvolvimento de técnicas de cirurgia e terapias minimamente
invasivas; a criação de medicamentos para controlar a AIDS, tumores e doenças
cardíacas e a constatação do poder das células-tronco (estruturas versáteis
capazes de gerar diferentes tecidos do organismo).
|
Fonte:
Isto é 2207
A dieta da longa vida
O cientista americano
Raymond Kursweil, do Massachusetts Institute of Technolog (MIT), criou um
programa alimentar para preservar a saúde e reduzir danos ao longo do tempo.
As quatro principais
regras:
1º - Restringir calorias = significa comer apenas o suficiente para garantir ao
corpo os nutrientes necessários.
2º - Ingerir mais proteínas e menos carboidratos = nesta dieta, 55% do total de calorias a
ser consumidas em um dia, devem ser supridas por proteínas. O consumo de
carboidratos deve ser o menor possível. Incluir três porções pequenas de frutas
(não ácidas) por dia.
3º - Controlar o pH = o
cientista defende que a boa saúde depende de um pH equilibrado. A medida se
refere ao nível de acidez, alcalinidade ou neutralidade do organismo de
qualquer ser vivo. Mais ácido, danifica a capacidade de absorver nutrientes e
de restaurar células danificadas. Por isso, recomenda evitar refrigerantes,
café e outras bebidas ácidas (exceção feita ao limão, que deixa o organismo
mais alcalino) e beber água alcalina (há aparelhos para fazer essa ionização).
4º - Evitar alimentos enriquecidos com ferro = eles aumentariam a oxidação do
colesterol LDL, uma fração relacionada ao entupimento das artérias coronárias.
Os inimigos da vida longa
O envelhecimento pode
ser acelerado por várias substâncias. Entenda por que elas devem ser
combatidas.
Radicais livres –
fabricados pelo corpo, em quantidade normal eles são eliminados naturalmente.
Em excesso, aumenta a oxidação dos tecidos, uma espécie de enferrujamento. São combatidos
por substâncias antioxidantes contidas nos alimentos ou sintetizadas.
Álcool –
ele está ligado a mais de 60 doenças diferentes, além da falência do fígado. É
um carboidrato refinado cuja ingestão faz subir rapidamente os níveis de
glicose no sangue. Seus subprodutos são o acetaldeído e diacetila, causadores
de intensos danos ao DNA.
Açúcar –
em quantidades abusivas, além de engordar, eleva as chances de uma ação
ineficiente da insulina, hormônio que ajuda a glicose a entrar nas células. O acúmulo
de glicose no sangue leva ao desenvolvimento da diabetes, doença que também
eleva os riscos para males cardíacos e renais.
Sal – o
consumo excessivo está associado à piora da absorção de cálcio nos ossos e ao
aumento da pressão arterial, o que eleva os riscos de derrame e enfarte. No
Brasil, o consumo é mais do que o dobro da quantidade de sal recomendada de
cinco gramas diários.
Gordura transaturada –
inventada para dar sabor aos alimentos, ela não é absorvida pelo organismo, se
deposita nas artérias e veias e contribui para a formação de placas de gordura.
Estudos sugerem que esta ligada, por exemplo, ao câncer de mama.
Isto é 2207
O que não dizer a um doente
Não é fácil entrar no
quarto e encarar alguém que acabou de receber o diagnóstico de um sério
problema de saúde. O abatimento físico e a fragilidade emocional criam um vazio
nos caminhos para o diálogo.
Contra-indicado
Algumas frases comuns
podem gerar um efeito inverso ao imaginado. Procure evitá-las.
Tudo vai ficar bem! – não há como garantir que tudo ficará
bem, e o paciente sabe disso.
Como nós estamos hoje? – ao tratar um paciente adulto como
criança, o máximo que se consegue é aborrecê-lo.
Não chora – ao receber o diagnóstico de uma doença
séria, é normal a pessoa se abalar. Deixe-a desabafar.
Você está ótimo! – o doente sabe que está abatido. Pode
estar inchado, por exemplo. Não minta tentando agradá-lo.
Estou rezando para você melhorar – nem todos são religiosos e muitos
contestam suas crenças na doença. Só diga a frase se souber que a reza trará
conforto.
Meu tio teve essa mesma doença e o
tratamento o fazia se sentir péssimo –
não alarme quem já está assustado. A resposta aos tratamentos varia e que deve
alertar sobre seus efeitos são os médicos.
Tomou o chazinho que te mandei? – não faltam fórmulas milagrosas para
sarar o doente. Além de não ter comprovação, receber esse tipo de dica pode
aborrecê-lo.
Basta querer para você melhorar – não querer sarar realmente atrapalha o
tratamento, mas infelizmente, há casos nos quais o paciente quer muito viver e
seu organismo não consegue reagir à doença.
Está se sentido cansado? Eu também estou
cansado – dizer que também
está cansado pode parecer que você está menosprezando o sofrimento do doente.
O que ajuda
Do mesmo modo como há
frases que atrapalham, algumas atitudes podem auxiliar na relação com o doente.
Não faça cobranças – o doente nem sempre terá tempo e ânimo
para responder a todos sobre seu estado de saúde. Se você não teve retorno e
está preocupado, informe-se com outras pessoas próximas
Explore outros assuntos – mesmo alguém recém-operado tem opinião
sobre o governo da presidente Dilma Rousseff ou sobre a Seleção Brasileira de
Futebol. Não fale apenas de doença.
Saiba a hora de ir embora – há quem sugira que visitas não devem
durar mais de 20 minutos. Não precisa cravar no relógio, mas ao perceber que a
pessoa está esboçando cansaço, despeça-se.
Escute – quem visita, muitas vezes está tão
ansioso que fala demais e acaba por não dar espaço ao paciente. Fale menos,
ouça mais e não tenha medo de momentos de silêncio.
Expresse seus sentimentos – seja claro. Diga “gosto muito de você”
e “estou ao seu lado” em vez de tentar se justificar com frases como “não
queria que isso estivesse acontecendo com você”.
Uma das orientações é
que o visitante controle sua ansiedade e deixe o paciente guiar a conversa. Se
ele quiser falar sobre morte e doença, que fale. Se quiser chorar, que chore.
Se quiser, porém, conversar sobre assuntos leves ou simplesmente não falar
nada, isso deve ser respeitado. “Não devemos ter medo de silêncio”, diz Maria
Teresa Veit, coordenadora do Departamento de Psicologia da Associação
Brasileira de Leucemia.
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